quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Na média: Analisando as contradições

No Maranhão, a inteligência vem acompanhada de uma timidez vertiginosa ou de uma arrogância injustificável. Quem é esforçado pode se dar bem, mas esbarra na falta de talento. Quem sabe que é bom, não diz. Quem diz que é bom não sabe porra nenhuma. E isso em todos os campos. Escritores prepotentes que nunca leram metade do que dizem e usam sua pretensão para humilhar quem não mostra seu talento. Músicos que tocam blues, rock, jazz divinamente bem. Seus acordes vêm acompanhados de uma prepotência medonha, uma egotrip nojenta da qual eu jamais quero fazer parte. Esses personagens extrovertidos e folclóricos também se metem a dar opiniões sobre política. São anarquistas convictos, desses que metem o pau no sistema, mas trabalham em empregos indicados pelos pais da namorada, ou coisas semelhantes. É um assombro perceber que pouca gente se livra de um complexo de Peter Pan muito mais pueril do que qualquer conceito que eles criticam. Não sabem nem vender seu peixe, mas acham que a culpa é dos outros... A coisa mais fácil do mundo é reclamar. Basta ter uma lingua afiada e um monte de merda na cabeça.

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