sábado, 19 de julho de 2008

O tempo é todo seu...

Inspirada em versos de Andréa Leite Costa, que sempre vai aos shows da Pedra Polida e tem uma camisa da Pedra Polida e é amiga dos meninos da Pedra Polida e sabe escrever muito melhor do que eu.

Beba um copo
De água fria
Saia da linha
E ande com sapatos que te levem
Onde você quiser

Não respeite a placa que diz: Pare!
A sua velocidade
É o tempo a seguir
O tempo
É todo seu...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Pedra Polida

O show de quarta-feira foi espetacular, assim como o show Jam Session de sábado. As apresentações da Megazines ajudaram muito. Só quem acompanha sabe como é o clima, essa coisa de amar o que faz e fazer bem sempre. De olhar no olho e se emocionar com cada coisinha mínima, cada frase de guitarra ou virada de bateria, ou do baixo melódico marcado que se entrega da maneira mais dedicada e apaixonante. Estou vivendo um sonho. O meu sonho.

sábado, 22 de março de 2008

Eu achei que minha ternura tinha ido para o espaço. Mas ela me pregou uma peça. Se escondeu e aos poucos aparece esporadicamente. Ela gosta de sexo, futebol e rock and roll, e é responsável pela minha paz.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Uma e treze da manhã. Eu escuto os beatles. Chico dorme. Papai assiste tv na sala. Lulu e mamãe dormem ou assistem tv em seus quartos. Leio coisas escritas sobre mim. Sou adolescente, filósofo, polêmico, impulsivo e doce.
Fico feliz porque não consigo mais olhar para o fundo do poço de onde saí. É como se todas as coisas que eu queria tivessem acontecido em um ano. Fiz uma boa banda, trabalhei em um jornal maravilhoso e consegui fazer com que o sorriso de muitas pessoas legais se aproximasse do meu. Só falta eu começar a ganhar dinheiro.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Sempre acreditei que um texto bonito é aquele que faz mil viagens entre o coração e o cérebro num instante de tempo mínimo. Uma frase que rouba uma idéia que você nem imaginava que tinha. Um tiro de flores que fura o peito e o enche de inquietação, ou alegria, ou risos, ou surpresa, ou admiração, ou raiva. Assim devem escrever as paixões, e também os bons escritores.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Eduardo Monteiro é baixista. Eduardo gosta dos Beatles. Eduardo toca na Pedra Polida e é o melhor baixista dessa banda. Eduardo estuda letras no campus da UEMA, que fica bem longe do centro. Eduardo é quase um desempregado, pois está em processo de monografia e ainda não defendeu. Eduardo precisa de sua ajuda. Mas escreve bem. Para ganhar aplausos, apupos e a notoriedade mundial, escreveu um belíssimo texto para o carnaval do ano que vem.
Aí vai o texto.

No episódio de hoje trataremos do carnaval, para tanto, escolhemos um modo peculiar: a fusão do estilo desciclopédico (nova escola literária, de cultura elevada) com uma tentativa de reproduzir aquelas redações chatas que os professores preguiçosos nos mandavam fazer em épocas como essa.


É carnaval, é curtição...


“Você quis dizer: Vagabundagem”.
Google sobre Carnaval

“Você traiu o movimento Punk véio!”
Dado Dolabela sobre Samba

“Vai ficar legal, pagode na COHAB no maior astral..”.
Netinho de Paula sobre Carnaval

“E quando o samba tocava O sol se punha lá no alto Ecoando por meus ouvidos e queimando meus olhos Sua Melodia espanhola de ninar”
Madonna sobre samba

“Túmulo do Samba - São Paulo tem atraído muitos jovens, entre os quais muitos metaleiros e góticos”
Jornal Hoje em reportagem especial de sábado sobre samba.

O carnaval é uma religião afro-brasileira muito popular entre todos os brasileiros que vivem no Brasil e fora dele, além dos estrangeiros fascinados pelo evento (turismo sexual). É uma festa que dura 361 dias, interrompida apenas por um recesso de quatro dias no mês de fevereiro, no qual as pessoas descansam tomando bebidas alcoólicas, tentando comer alguém e enchendo o saco de todo mundo. O carnaval, como tudo, inclusive o mundo, foi inventado pelos gregos, reinventado pelos renascentistas e aceito e desenvolvido por nosso país colonizado.
O fim último da festa ainda é um mistério, mas, suspeita-se de tentativa de suicídio coletivo. Muitas pessoas conseguem ganhar a vida com o carnaval: os operários do mercado do roubo e da venda destes produtos; as empresas que produzem e vendem álcool, academias, bocas de fumo, empresas de cultura popular, prostitutas e aspirantes a tal, empresas de som (que odeiam música), pessoas que não sabem cantar, mas que soltam a voz nos palcos da cidade, entre outros.
Quem não gosta muito são os garis, os médicos e enfermeiros que têm que dar plantão, os seus vizinhos crentes e os doentes do Socorrão, que, putos da vida por não poder curtir a folia e pediram para mudar o trajeto do circuito de rua (porra!). No carnaval você pode ser qualquer coisa, inclusive preso, morto ou roubado, fica a seu critério o local de maior “risco Brasil”.
Bissexuais, ou mesmo celibatários, aproveitam os festejos para soltar a franga, vestidos elegantemente de pudicas damas da sociedade. Abominamos sobremaneira essas ações (comprove esse ano!). A música menos tocada no carnaval é o samba, substituído por qualquer tipo de música, o que vale é o mau gosto. Fechar a rua e juntar vários carros tocando música alta é altamente cool nesta época.
Depois dessa breve explanação sobre a mais paraguaia das festas brasileiras, desejamos a todos que sobrevivam.
Dicas importantes:
1 – Não esqueçam de andar em gangue e armados, mas sejam parentes de algum cara pesado da policia;
2 – Guardem bem seus celulares e vibradores.
3 – Não esqueçam a camisinha, não esqueçam também, apesar da embriaguez, de tentar colocá-la corretamente (é no pênis, viu?);
4 – Não deixe sua mãe te ver vestido de mulher;
5 – Tome bastante álcool, não se preocupe em beber líquidos ou se alimentar corretamente, o Socorrão estará te esperando de portas abertas e lotado de outros bêbados em coma como você.


Boa sorte a todos!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Parecia um muro. Uma parede de isopor para proteger seus olhinhos de cristal. Gostava de comentar sobre assuntos diversos, como música, literatura, coca cola, música, amor, sexo, música, futebol, política e música, entre outros. Também sabia que as coisas não deviam estar como estão, mas não sabia como procurar alguma outra coisa. Saiu do fundo do poço para cantar e hoje consegue sorrir e perceber que a vida não chora por si, mesmo que seja uma merda.

Pedra Polida

Em janeiro, fizemos dois shows legais que serviram para trazer a banda de volta ao Chez Moi, além de mostrar nossas músicas novas. Tivemos agora um período muito legal de reflexão e ajustes que poderão ser vistos na gravação. Isso me deixa feliz como em todas as vezes em que deixo a música tomar conta da situação.