domingo, 30 de setembro de 2007

Friends at all

Amigos amigos, amigos, os de infância, os de adolescência, os do trabalho,
os mais diferentes, os mais legais, os mais sumidos, aqueles que jogam bola, aqueles músicos, aqueles safados que roubavam o meu lanche no recreio ou desafinavam meu violão, os casados, os solteiros, os quarentões, os vintões, os bebedores, os farristas, aqueles que sempre ligam, aqueles que sempre lembram, os do Upaon Açu, os do Dom Bosco, os da UFMA, os da vadiagem e os da vida.
Eles talvez me retratem melhor do que eu, ou tenham um caráter melhor do que o meu. Sejam vagabundos, trabalhadores, advogados ou porteiros, estejam com as caras estampadas em outdoors ou em um crachá de repartição pública. Toquem bateria com o mais lindo dos sorrisos, ou ouçam tudo o que eu tenho para dizer com uma linda desatenção. Peçam conselhos, aprontem besteiras, digam asneiras em lugares públicos ou beijem os pés de quem os trata como quem trata o entulho que se esconde nos porões da vida. São meus amigos. São um pouco de mim. E eu sou um pouco deles.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

E quando a gente se encontra...

Eu e a sombra, a sombra e o chão, o chão e a poeira que bate nos olhos desatentos de qualquer imbecil que passe pelas ruas. O cenário é esse, mas esse talvez não seja o momento. Talvez não hajam mais encontros, nem dias legais, e nem as nossas sombras se encostem mais. Talvez o riso morra no pé de alguma cama desatenta, ou então a cama abrace o corpo mais cansado da maneira mais carinhosa possível. O fato é que eu não sei de mais nada, e não sei também se isso é bom.