quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Brasil x Equador

Bem, que o Ronaldinho Gaúcho é craque, o Kaká chuta bem e o Robinho é o moleque mais vadio de Madri, qualquer pessoa é capaz de enxergar. Mas algumas coisas que são ditas na imprensa me deixam preocupado e, até certo ponto, desapontado com a cobertura esportiva da partida e, sobretudo, a tortura psicológica feita com alguns personagens como Dunga e Afonso.
É triste perceber que o jornalista esportivo assumiu a condição de caixa de ressonância, que certa vez Carlos Alberto Parreira atribuiu ao povo. De acordo com o técnico tetracampeão do mundo, a massa repetia o que os jurássicos profissionais da imprensa falavam em programas de resenha esportiva.
Atualmente tenho dúvidas sobre quem repete quem. Virou moda dizer que o repórter tem de perguntar o que o torcedor quer saber. Esse jargão, ao mesmo tempo que é esclarecedor e óbvio, torna-se absolutamente perigoso e nocivo para o próprio repórter, que pode usar tal argumento para trabalhar mal, ou reforçar polêmicas absurdas para inventar assunto, apostando na tese (verdadeira) de que o povo gosta de um bom fuzuê retratado em um bom texto, seja ele verdadeiro ou não.
É uma dialética interessante, na qual o repórter chama o torcedor de burro e o torcedor fica alegre feito pinto no lixo, principalmente depois de cinco gols e várias doses alcóolicas de alegria. Eu sou o primeiro a vibrar.

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