O
meu
dedo
sangrou
em cima
do teu
segredo
roubou
a rima
e o teu
brinquedo
deixou
à beira
da cama
Roeu
a sobra
do teu
vestido
roçou
a barba
no teu
ouvido
notou
teu rosto
desprotegido
no meio
das chamas
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
domingo, 9 de dezembro de 2007
sábado, 8 de dezembro de 2007
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Olhou para o espelho e viu que o coração era de vidro. E as emoções são como mãos desatentas carregando taças de vinho. Somente ela poderia constatar. Passou a mão no rosto, estava pingando de suor. Eram nove horas da noite, nem muito cedo, nem muito tarde. Da janela de seu quarto, podia apreciar o trânsito, mas não identificava o rumo dos carros. Nas prateleiras, livros eram ignorados como postes que servem de banheiros para cães, sejam eles vira-latas donos da rua ou poodles de socialites. Mas nada disso lhe chamava a atenção. Sabia que pouco poderia vislumbrar enquanto estivesse olhando apenas para o espelho.
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